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sábado, 31 de março de 2012

Antônio Martins bate recordes de aprovação.


Ontem, dia 30 de março de 2012, os Antôniomartinenses fizeram mais uma vez, uma grande festa em comemoração a aprovação de filhos da nossa terra, no PSV 2012 da UERN. A cidade de Antônio Martins já é referencia em toda a região. O município bate recordes todos os anos de aprovação no vestibular, tendo todos os anos vários estudantes aprovados nos mais diferentes cursos e em diferentes instituiçoes altamente prestigiados no meio acadêmico, como UERN, UFRN e UFERSA. Isso mostra que, a juventude da nossa cidade está cada vez mais dedicada aos estudos, e se superando cada vez mais na busca pela realização dos seus sonhos. Então, meus parabéns é para todos os filhos da nossa querida terra, não apenas para os aprovados, mas também, uma mensagem de esperança para aqueles que não conseguiram atingir o objetivo dessa vez, como disse o grande Raul Seixas:  Tente, levante sua mão sedenta e recomece a andar, não pense que a cabeça aguentar se você parar. Tente Outra Vez!!!



Dentre todos os aprovados, estaria sendo injusto em não falar em todos, mas quero deixar um grande abraço para minhas duas grandes amigas: Ana Patricia, aprovada em 2 lugar para Direito 2 semestre.

E para  Thaísa Almeida, que no alto dos seus 16 anos, fazendo o primeiro vestibular, foi aprovado em 4 lugar para  Medicina também para o 2 Semestre.
Medicina e Direito, as duas são feras.


Um abraço a todos...


quarta-feira, 28 de março de 2012

Política AntônioMartinense...

Dr. Edmilson Fernandes

Neste ultimo dia 23 de março, a cidade de Antônio Martins parou em frente ao rádio. Por onde se passava no município, via-se e ouvia-se um radinho sintonizado na “Rádio Vida de Martins”. Especificamente no programa “Rádio Cidadão” do respeitado radialista, José Nilson. Tudo isso, devido a mais do que esperada entrevista do Prefeito do município, Dr. Edmilson Fernandes de Amorim. A entrevista era aguardada com bastante anseio pelos Antônio-martinenses, visto que, há alguns dias, toda a cidade ficou espantada com as denuncias e provocações feitas pelo ex-prefeito do município, naquele mesmo veículo de comunicação. Na sua fala, Dr. Zé Júlio fez inúmeras criticas a administração atual do município, além de atacar pessoalmente o Prefeito Edmilson Fernandes. Prefiro não reproduzir as palavras usadas pelo médico e Ex-Prefeito.

Contudo, logo depois da entrevista de Dr. Edmilson, o que se ouvia da população era uma única frase: “a resposta foi dada”. No seu pronunciamento ao povo de Antônio Martins e região, o prefeito da Terra da Boa Esperança foi firme, e mais do que isso, demonstrou grande segurança e confiança, afirmando seu compromisso com a população e dando uma resposta a altura para as acusações feitas pelo seu antecessor.

Não bastassem aqueles que estavam em casa com seus rádios, um clima de euforia tomou conta da cidade. De ultima hora, amigos do Prefeito se reuniram em frente à casa da senhora Régia, filha do ex-vereador UÁ do Pico. Em pouco tempo, toda a frente da casa e ruas próximas estavam tomadas de gente. Todos ligados nas palavras do Prefeito Municipal.

Ao termino da entrevista, ninguém arredou o pé do local. Agora, todos queriam a presença do Prefeito para, pessoalmente, darem-no os parabéns pela entrevista e reafirmarem o apoio ao mesmo. Na sua chegada, espalhou-se um grito que têm tudo para emplacar na campanha que se avizinha, um coral improvisado gritava “O PAPAI CHEGOU, O PAPAI CHEGOU”! O prefeito logo foi carregado nos braços pelos mais entusiasmados e, como manda o figurino, cumprimentou com abraços e abertos de mãos cada um dos que estavam ali presentes.

O fato que ocorreu nesta ultima sexta-feira, mostra claramente que, diferentemente do que os “Julistas” estão dizendo por aí, Dr. Edmilson têm sim o apoio da população. Importantes lideranças politicas reafirmam a cada dia que estão e estarão sempre ao lado do Prefeito na busca pela sua reeleição. E falando nisso, um grande momento da entrevista foi à participação via telefone do médico e político Dr. Francisco Fernandes, um importantíssimo líder politico do município. No momento em que ele falava, gritos e aplausos não faltaram pelas ruas. O mesmo é aclamado por todo o município de Antônio Martins, exaltado dentre o povo, e respeitado em qualquer cidade por onde já tenha trabalhado. Na sua curta fala, Dr. Francisco foi curto e grosso: “estou ao lado de Edmilson Fernandes”. 

No final dessa situação toda, os “Semideuses” da velha política Antônio-Martinense tremeram na base. O apoio de Dr. Francisco a Dr. Edmilson era tudo aquilo que os “Julistas” verdadeiramente mais temiam e a partir de agora, é mais do que confirmado.

Resta esperar, caros leitores. Vamos aguardar novas cenas, dos próximos capítulos...

Obs: as fotos do tiradas no dia, ainda não me foram enviadas.

José Borges Neto.

sábado, 24 de março de 2012

Nazismo à brasileira

Resta saber se tentativas de atentados como os da dupla Rodrigues e Vieira Mello engatilharão ataques terroristas como aqueles de Mohamed Merah, autor de sete assassinatos e morto por policiais em Toulouse. Foto: AFP
Os dois potenciais terroristas presos na quinta-feira 22 pela Polícia Federal de Curitiba tinham planos, entre outros, de atacar estudantes do curso de Ciências Sociais da Universidade de Brasília. Isso porque aqueles “esquerdistas” tinham ideais liberais sobre sexualidade e direitos de minorias.

Emerson Eduardo Rodrigues e Marcelo Valle Vieira Mello (“ambos com mais de 30 anos”, segundo a assessoria da PF) pretendiam “atirar a esmo” também nos alunos a cursar faculdades de Direito e Comunicação. Os ataques se dariam em uma casa de eventos utilizada pelos alunos. Vieira Mello, diga-se, cursou Letras na UNB.

“As mensagens dizem que dariam um tratamento especial àquele ‘câncer’, fazendo referência aos estudantes, quando eles estivessem reunidos no local”, declarou o delegado Wagner Mesquita, da PF no Paraná, em entrevista ao portal Terra.

Sem direito à fiança, os suspeitos alimentavam um website hospedado na Malásia com conteúdo extremista. No silviokoerich.org faziam ameaças de morte ao deputado federal Jean Willys (PSOL-RJ), ofensas à presidenta Dilma Rousseff, a negros, homossexuais e judeus. Teciam apologias à violência contra as mulheres, e, ao mesmo tempo, incitavam o abuso sexual de menores.

Como se dá com psicopatas, as ideias dois internautas extremistas são permeadas de contradições. Postavam fotografias de cenas pornográficas a envolver crianças e adolescentes, e, ao mesmo tempo, consideravam que os alunos de Ciências Sociais da UNB eram demasiado liberais no quesito sexualidade.

Rodrigues e Vieira Mello também não poupavam críticas a nordestinos.

Embora ofendessem a mineira Dilma, esse ranço contra o Nordeste é embasado no antigo preconceito contra Lula. Para conservadores, e por tabela extremistas, o sucesso do presidente mais popular do Brasil é certamente algo difícil de engolir. A Bolsa Família não passaria de uma ninharia para alimentar vagabundos. Houve, claro, o mensalão durante o primeiro mandato de Lula, e isso serve de munição para os conservadores e extremistas. Mas para entender governos anteriores aos de Lula seria recomendável ler A Privataria Tucana, de Amaury Jr.

De qualquer forma, como explicar essas tentativas de perpetrar ataques contra as vidas de estudantes e um deputado federal no Brasil? Isso sem contar o inaudito reacionarismo. Em grande parte, esse fenômeno decorre da radicalização de uma narrativa nacionalista na “fascistofera” e na mídia canarinho.

Neste mundo globalizante onde a tecnologia (leia internet) aproxima cada vez mais os povos, o conservadorismo a reinar nos tabloides e redes de tevê nos Estados Unidos e na Europa logo contagia outros países. E, por tabela, esse discurso neoconservador tem um enorme impacto nos extremistas capazes de cometer atos de loucura. Esse fenômeno ocorre na Europa, onde a islamofobia e a judeofobia são uma grande preocupação. Mas, ao contrário do Brasil, onde a vasta maioria da mídia é neoconservadora, na Europa e EUA há periódicos liberais que não aderem à essa narrativa, entre eles o Le Monde, La Repubblica, The Nation, etc. E mesmo diários conservadores como o Corriere della Sera ou Le Figaro fazem o mesmo.

Qual a origem desse discurso nacionalista?

Em recente entrevista a CartaCapital, o historiador francês Nicolas Lebourg, da Universidade de Perpignan, disse que a atual narrativa de nacionalistas é uma reação à crise dupla que vivemos nesses tempos. A primeira foi aquela geopolítica de 11 de setembro de 2001. A segunda foi a econômica, iniciada em 2008.

A partir do 11 de Setembro, ideais neoconservadores (“neocons”) migraram para a Europa. “São baseados no seguinte quadro bastante simplista: o mundo livre seria o Ocidente, e do outro lado existe o Islã.” Essa narrativa substituiu aquela da Guerra Fria, quando o Ocidente lutava contra o totalitarismo soviético.

No Brasil, pelo menos por ora, extremistas como os dois detidos pela PF não parecem estar atrás de muçulmanos. A “luta” deles é contra os esquerdistas, e todos os outros males que a ideologia deles encapsula. Aqui os esquerdistas ainda são chamados de “comunistas”, termo anacrônico mundo afora mas, apesar da globalização, ainda bastante utilizado. Basta moderar comentários no website da CartaCapital para descobrir que colunistas a exprimir posições favoráveis à reforma da Lei da Anistia ou à descriminalização do aborto são catalogados como comunistas.

Resta saber se tentativas de atentados como os da dupla Rodrigues e Vieira Mello engatilharão ataques terroristas como aqueles de Mohamed Merah, autor de sete assassinatos e morto por policiais em Toulouse.

Fonte: CartaCapital ( http://www.cartacapital.com.br/sociedade/nazismo-a-brasileira/ )

“VEREADOR NÃO TEM TEMPO PARA DORMIR”





Este pequeno relato é parte de uma singela obra bibliográfica que a inspiração e o orgulho estão me convencendo a produzir, apesar do tempo que tem sido muito curto devido à correria e a vida de um constante estudante que enfrentamos, já estamos bem adiantados, em um momento oportuno, com a graça de Deus confeccionaremos essa homenagem a TITICO DO PICO, sobre SUA POESIA, SUA VIDA, SUA HISTÓRIA. Esta é uma forma de senti-lo vivo e ainda presente...

Pois bem...

15 Março, sexta feira, diferentemente das outras noites mossoroenses, hoje esta uma noite calma e tão fria que o orvalho, é visível nas superfícies com temperatura contrastante com a umidade do ar. Cansado, depois de chegar da UERN, me sento em frente à televisão para assistir o Globo Repórter, esta passando um documentário muito interessante sobre as formas de vida nas fabulosas florestas aciculifoliadas da Austrália.

Ao mesmo tempo em que vejo com muita atenção a reportagem, Daniel diz, “essa hora Painho deve tá assistindo, ele gosta destas coisas”, Rêmulo diz; “Pai também, quando as reportagens são de animais ele sempre assiste”. (Rêmulo e Daniel são grandes amigos com quem tenho o prazer de morar na Casa do estudante de Mossoró – CEM ).

Neste momento, surge vagamente no teatro de minha mente, uma daquelas noites que me recordo com tanto prazer, Pai sentado no sofá em frente à Televisão e os pés em cima do centro. Sentava ali, todo a vontade e via o globo repórter como era de costume nas sextas feira. Já cansado depois de uma semana de correrias “caiu” no sono ali mesmo.

Eu o filho mais novo quando o vi ali dormindo, Imaginei; “Pai já deve esta dormindo, vou lá acordar ele e mandá-lo ir pra cama”.

Lá ia eu;

”Pai, Pai, o senhor já tá dormindo, vá para cama”...



E ele;

“Não, eu não tô dormindo não, tô só cochilando”...

Eu indagava, “E qual é a diferença?”.

Ele dizia;

“Você já viu Vereador dormir meu filho?”...

Eu, pra dar uma de engaçado;

“O senhor não é Vereador e ta dormindo!”...

Ele faz novamente a pergunta e ao mesmo tempo responde..

“Eu só cochilo, quantas vezes você não esta acostumado a ver que quando eu tento dormir, sempre vem alguém e me acorda, e hoje eu não vou me deitar cedo porque estou esperando uma pessoa lá do Pico que vem de Natal e vai dormir aqui”...

Tomei a palavra e disse;

“Há, sendo assim eu vou esperar com o senhor também”...

Respondeu;

“Tá bom meu filho, sente aí e veja o globo repórter também”...

Sentei e fiquei ali assistindo até cochilar no sofá, lá pras altas horas da madrugada, já pertinho da ambulância com o pessoal chegar da capital, acordo, procuro ele e não o vejo no sofá, estico um pouco o pescoço e percebo que está sentado na mesa da segunda sala escrevendo em um pequeno caderninho, caminho até as proximidades de mesa e chegando lá, todo desconfiado e curioso,

Digo;

“O que é isso Pai?”...

Ele diz;

“São umas coisas que estou notando aqui para não esquecer”...

Curioso e calado e sem saber o que estava escrito ali naquela agenda, saio e vou cambaleando de sono em direção ao sofá de novo. Quando vou me deitando escuto o barulho da buzina da ambulância.

“Pai o carro chegou”. Digo eu.

Ele responde;

“Diga que já vou”...

Imediatamente saiu para dizer ao motorista (Não me recordo quem era porque a Ambulância era a de Frutuoso Gomes - cidade vizinha - ele tinha solicitado porque a de Antônio Martins tinha quebrado) que esperasse um pouco.

Pouco tempo depois, Pai caminha lentamente até a porta para receber o povo, eu lá por fora todo curioso, já havia feito toda uma espécie de vistoria na ambulância, permanecia por ali como menino traquino. Eles lá, conversa vai, conversa vem... É quando Pai me chama e...

Diz;

“César, vá até à mesa , abra aquele caderninho e me traga um dinheiro que tem dentro dele.” (Era o dinheiro para dar uma gratificação ao motorista).



“Está certo”, respondi...

Caminhei até a sala para pegar o dinheiro nesse bem dito caderno que tanto eu tinha curiosidade de saber o que escondia em suas folhas, chegando lá aproveito para ver sem a sua permissão o que tinha ali.

Começo a ler a pagina aberta; “um botijão de fulano, uma conta de luz de cicrano, mandar buscar a mulher de fulano para a consulta”..

Eram tantas pequenas coisas que minha simples memória de criança não arquivou tudo em suas gavetas invisíveis.

Pois bem, corro lá para entregar o dinheiro e,

Digo;

“Mas o senhor deixa de dormir para ficar anotando coisa que poderia ter anotado durante o dia?”...

Ele responde com ar de riso para mim e para o motorista;

“Eu lhe falei que vereador não tinha tempo para dormir”...

“Passado é o que passou, não passou o que ficou na memória ou no bronze da história”. - Ulisses Guimarães

Cesar Amorim : Antônio-martinense, Estudante do sexto período do curso de Direito Pela UERN/ Professor de História do Brasil.

Direitos Reservados: Os textos podem ser reproduzidos, desde que citados o autor e a obra (Código Penal, art.184; Lei 9610/98, art. 5° VII).

Fonte: Blog Cesar de Titico

sexta-feira, 16 de março de 2012

Abram-se os livros. Faça-se a luz!!!



A nova classe média já não se contenta com comida, diversão...

Agora,ela tem fome de educação. isso é um ótimo sinal. sinal de que não
queremos mais ser somente a pátria de chuteiras ou o
país do carnaval, mas o Brasil da cultura e do conhecimento.

Por que, finalmente, estamos aprendendo que a evolução de um país passa obrigatoriamente pelo caminho da educação. Educação que leva à consciência, que produz mudanças, que gera o progresso, que cria justiça social, que não se faz com esmolas, bolsas caridade, matéria prima da indústria da seca, da fome, da ignorância.

Abram-se os livros. Faça-se a luz!!

Fonte: Blog da Raquel Sheherazade http://rachelsheherazade.blogspot.com/ )

A TV Cultura não é pública. Ela é tucana

Escolha certa. A Folha celebra a traição de uma função democrática
Uma tevê pública é uma tevê pública, é uma tevê pública e é uma tevê pública, diria a senhora Stein. Pública. Um bem de todos, sustentado pelo dinheiro dos contribuintes. Uma instituição permanente, acima das contingências políticas, dos interesses de grupos, facções, partidos. A Cultura de São Paulo já cumpriu honrosamente a tarefa. Nas atuais mãos tucanas descumpre-a com rara desfaçatez.

A perfeita afinação entre a mídia nativa e o tucanato está à vista, escancarada, a ponto de sugerir uma conexão ideológica entre nossos peculiares social-democratas e os barões midiáticos e seus sabujos. A sugestão justifica-se, mas, a seu modo, é generosa demais. Indicaria a existência de ideias e ideais curtidos em uníssono, ao sabor de escolhas de vida orientadas no sentido do bem-comum. De fato, estamos é assistindo ao natural conluio entre herdeiros da casa-grande. -Nada de muito elaborado, entenda-se. Trata-se apenas de agir com a soberana prepotência do dono da terra e da senzala.

E no domingo 11 sou informado a respeito do nascimento de uma TV Folha. Triunfa nas páginas 2 e 3 da Folha de S.Paulo a certidão do evento, a prometer uma nova opção para as noites de domingo na tevê, com a jactanciosa certeza de que no momento não há opções. E qual seria o canal do novo programa? Ora, ora, o da Cultura. Ocorre que a tevê pública paulista acaba de oferecer espaço não somente à Folha, mas também a Estadão, Valor e Veja. Por enquanto, que eu saiba, só o jornal da família Frias aproveitou a oportunidade, com pífios resultados, aliás, em termos de audiência na noite de estreia.

Até o mundo mineral está em condições de perceber o alcance da jogada. Trata-se de agradar aos mais conspícuos barões da mídia, lance valioso às vésperas das eleições municipais no estado e no País. E com senhorial arrogância, decide-se enterrar de vez o sentido da missão de uma tevê pública. Tucanagens similares já foram cometidas em diversas oportunidades nos últimos anos, uma delas em 2010, o ano eleitoral que viu José Serra candidato à Presidência da República. Ainda governador, antes da desincompatibilização, Serra fechou ricos contratos de assinatura dos jornalões destinados a iluminar o professorado paulista.

Do volumoso pacote não constava obviamente CartaCapital, assim como somos excluídos do recente convite da Cultura. O que nos honra sobremaneira. Diga-se que, caso convidados (permito-me a hipótese absurda), recusaríamos para não participar de uma ação antidemocrática ao comprometer o perfil de uma tevê pública, amparada na indispensável contribuição de todos os cidadãos, independentemente dos seus credos políticos ou da ausência deles.

Volta e meia, CartaCapital é apontada como revista chapa-branca, simplesmente porque apoiou a candidatura de Lula e Dilma Rousseff à Presidência da República. Em democracias bem melhor definidas do que a nossa, este de apoiar candidatos é direito da mídia e valioso serviço para o público. Aqui, engole-se, sem o mais pálido arrepio de indignação, a hipocrisia de quem se pretende isento enquanto exprime as vontades da casa-grande. Há quem se abale até a contar os anúncios governistas nas páginas de CartaCapital, e esqueça de computar aqueles saídos nas demais publicações, para provar que estamos aos préstimos do poder petista.

Fomos boicotados durante os dois mandatos de Fernando Henrique e nem sempre contamos com o trato isonômico dos adversários que tomaram seu lugar. Fizemos honestas e nítidas escolhas na hora eleitoral e nem por isso arrefecemos no alerta perene do espírito crítico. Vimos em Lula o primeiro presidente pós-ditadura empenhado no combate ao desequilíbrio social, embora opinássemos que ficou amiúde aquém das chances à sua disposição. E fomos críticos em inúmeras situações.

Exemplos: juros altos, transgênicos, excesso de poder de Palocci e Zé Dirceu, Caso Battisti, dúbio comportamento diante de prepotências fardadas. E nem se fale do comportamento do executivo diante da Operação Satiagraha. Etc. etc. Quanto ao Partido dos Trabalhadores, jamais fugimos da constatação de que no poder portou-se como os demais.

Hoje confiamos em Dilma Rousseff, de quem prevemos um desempenho digno e eficaz. O risco que ela corre, volto a repetir na esteira de agudas observações de Marcos Coimbra, está no fruto herdado de uma decisão apressada e populista, a da Copa de 2014. Se o Brasil não se mostrar preparado para a empreitada, Dilma sofrerá as consequências do descrédito global.

No mais, desta vez dirijo minha pergunta aos leitores em lugar dos meus botões: qual é a mídia chapa-branca?

quarta-feira, 14 de março de 2012

Governo Dilma perde mais um aliado.

Os senadores do PR decidiram nesta quarta-feira encerrar as negociações com o Planalto para indicar o ministro dos Transportes e, imediatamente, romperam com o governo passando a ser oposição.

O PR tem 7 dos 81 senadores e, desde que a presidente Dilma Rousseff assumiu, no ano passado, votou alinhado com o Planalto.

"Quando o governo entender que o PR é importante
para a governabilidade, que nos procure",
diz senador Blairo Maggi 
A crise entre o partido e Dilma começou com a queda de Alfredo Nascimento no Ministério dos Transportes, em julho passado. A presidente decidiu manter o secretário-executivo, Paulo Passos, na titularidade da pasta e delegou à ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) a negociação com o PR sobre a indicação de um novo nome do partido.

Durante este período de negociações, o líder do PR, senador Blairo Maggi (MT), reuniu-se dezenas de vezes nos últimos meses com Dilma e Ideli para tentar buscar entendimento. Chegou a ser convidado para o cargo, mas não aceitou.

"Fui lá [Palácio do Planalto] hoje. Não tinha definição. Eu não quero mais negociar porque o negócio não desenvolve. Então. resolvemos que estamos fora da discussão [senadores do PR] e isso significa que estamos na oposição", disse Blairo no fim da tarde desta quarta-feira.

Segundo Blairo, se Dilma entregar a pasta a um nome apoiado pelo partido, os senadores voltam à base aliada.

"Quando o governo entender que o PR é importante para a governabilidade, que nos procure."

CÂMARA

O líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), disse que a bancada de 43 deputados se manterá independente e não seguirá a decisão dos senadores do partido de migrarem para a oposição.

Portela disse que caberá à presidente Dilma Rousseff decidir se tirará do partido cargos no governo. Apesar de o PR dizer que Paulo Passos não representa o partido no comando do Ministério dos Transportes, ele foi indicado pelo PR como secretário-executivo de Alfredo Nascimento.

"Nossas questões com o governo não passam pelos cargos, mas pela necessidade de diálogo", disse Portela.

BASE ALIADA

A saída do PR, primeiro do governo e, agora, da linha independente que vinha seguindo desde a queda de Nascimento, piora a situação de Dilma no Congresso. A presidente enfrenta descontentamentos generalizados nas bancadas aliadas.

O rompimento do PR com Dilma acontece um dia após o governo oficializar a troca dos líderes da Câmara e do Senado. Arlindo Chinaglia (PT-SP) assumiu a liderança na Câmara no lugar de Cândido Vaccarezza (PT-SP) e, no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM) entrou no lugar de Romero Jucá (PMDB-RR).

As trocas ocorreram após uma rebelião na base aliada no Senado, na semana passada, quando os senadores rejeitaram o nome de Bernardo Figueiredo para diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), indicação pessoal de Dilma.

Oficialmente, o Planalto argumenta que a mudança dos líderes foram motivadas por um sistema de rodízio que a presidente quer implementar.

"Pré-História" - Fósseis de espécie humana desconhecida encontrados na China


Fósseis de pelo menos três indivíduos descobertos em uma caverna na China, e que datam da Idade da Pedra, pertenceriam a uma espécie humana até agora desconhecida, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira (14) nos Estados Unidos.
Os fósseis mostram que estes indivíduos tinham características anatômicas muito diferentes, uma mistura de traços humanos arcaicos e modernos, destacaram estes paleoantropólogos na revista científica americana PLoS One (Public Library of Science One).
É a primeira vez que os restos de uma nova espécie que viveu em um período tão próximo ao atual são encontrados no leste da Ásia, disseram os especialistas, acrescentando que estes indivíduos viveram, em média, entre 11.500 e 14.500 anos.
Estes fósseis são um raro aporte a uma etapa da evolução humana recente e ao começo do povoamento da Ásia.

Fonte: IstoÉ Independentehttp://www.istoe.com.br/assuntos/semana/3 )

Pixinguinha, o mago do Catumbi


Pixinguinha, ao sax, durante gravação para disco de Elizeth Cardoso com Cartola, Clementina de Jesus e Abel Ferreira na clarineta. Foto: Arquivo do Estado de São Paulo
No casarão dos Vianna no Catumbi, que no fim do século XIX era um bucólico bairro carioca, o som do choro preenchia todos os espaços. Quem comandava o sarau era o patriarca, um flautista amador. Ainda pequeno para se juntar ao grupo instalado na sala, o 12º de 14 irmãos resignava-se a espiadelas pela porta entreaberta do quarto. Não tardaria, entretanto, a revelar seu talento e conquistar o direito de fazer parte da foto em que toda a família aparece junta, cada qual com seu instrumento. O ano era 1865 e o garoto de 11 anos, Alfredo da RochaVianna Júnior, o Pixinguinha. Na imagem desbotada, ele empunha um cavaquinho. Pouco depois viria a flauta de prata presenteada pelo pai, as aulas de música e os convites para tocar nas festas de família. O raro domínio técnico como intérprete, o talento para compor e arranjar e a permeabilidade às novas sonoridades acabaram por fazer de Pixinguinha um artista inigualável.

“O Brasil jamais produziu um músico popular dessa envergadura”, atesta o maestro Caio Cezar. Ele divide com o neto de Pixinguinha, Marcelo Vianna, a direção musical da exposição que o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília apresenta de terça 13 a 6 de maio.Pixinguinha divide-se em 12 partes a ocupar o Pavilhão de Vidro e a Galeria 2 do prédio. Em sentido cronológico, a mostra resgata as principais fases da vida do músico. Da Sala 1 (Pensão Vianna, período 1850-1911) à 12 (São Pixinguinha, período de 1897-1973), o visitante é convidado a mergulhar na trajetória e obra do artista, representado por meio de acervo garimpado em coleções públicas e particulares. “A parte musical caminha juntamente com fotos, documentos, roupas, aspectos sociais e políticos de cada época”, diz Cezar. “Pixinguinha foi o pai da orquestração brasileira, o primeiro a definir uma linguagem musical.”

Para a produtora Lu Araújo, curadora da exposição e coordenadora do livro Pixinguinha – O gênio e seu tempo (Casa da Palavra e Lume Arte, 184 págs., R$ 85), de André Diniz, a ser lançado na mostra, o músico “uniu o saber das notas musicais à riqueza da cultura popular. Pixinguinha incorporou elementos brasileiros às técnicas de orquestração. Fator fundamental para isso foi sua experiência nas diversas formações em que atuou: bandas, orquestras, regionais e conjuntos de choro e samba”. E acrescenta: “As orquestras dos teatros de revista também foram fundamentais para a formação dele como arranjador”.
Pixinguinha não somente foi o pai da orquestração brasileira como usou novas sonoridades em seus arranjos. Foto: Maureen Bisilliat/Acervo Instituto Moreira Salles


O virtuosismo da flauta somava-se à criatividade. “Como compositor, Pixinguinha tinha uma inventividade musical acima da média”, pontua Virgínia de Almeida Bessa, mestre em História Social pela Universidade de São Paulo e autora do livro A Escuta Singular de Pixinguinha – História e música popular no Brasil dos anos 1920 e 1930 (Alameda, 2010). “Essa inventividade se devia também à escuta aberta do compositor, que incorporava a suas composições elementos oriundos de diversas tradições: a música dos chorões, o improviso e certas sonoridades do jazz, os ritmos africanos do candomblé. Pixinguinha era tocador de atabaques nos terreiros da Pequena África”, conta. Tratava-se, na verdade, do bairro Cidade Nova, que concentrava as populações de negros e mulatos cariocas.

Em fins do século XIX e início do XX, o Rio vivia uma febre de ritmos estrangeiros: polca, schottisch(aportuguesada para xote), quadrilha, mazurca, tango e habanera. “Assim como outros músicos populares da época, Pixinguinha não tinha os ‘pudores nacionalistas’ dos intelectuais do período”, afirma a historiadora. Criava livre de preconceitos. Lu Araújo reforça a tese: “Ele esteve à frente de seu tempo. Lançava-se, com naturalidade e êxito, às novidades. Soube como poucos fazer assimilações culturais de nosso povo”. Para o maestro Cezar, coube ao músico definir uma linguagem musical brasileira. Na época, havia influência francesa, xotes, maxixes e até o que hoje se considera choro era chamado de tango. Pixinguinha definiu o choro como gênero.

Foi num Rio de carnavais ingênuos e disputas entre ranchos, precursores das escolas de samba, que o músico teve dois encontros definitivos: com João da Baiana, compositor e ritmista, e Ernesto dos Santos, Donga, violonista e compositor, autor de Pelo Telefone (1917), com Mauro de Almeida, o primeiro samba gravado. A amizade do trio perdurou por décadas e a ela é dedicada uma sala da exposição, com vídeos e imagens da Pequena África. “Nós somos um poema”, assim definia Pixinguinha o laço que unia os três. Com Donga e outros sete artistas, ele formou os Oito Batutas, a estrear no Cine Palais em 1919. Lá estavam China, irmão de Pixinguinha, violão e canto, Donga e Raul Palmieri, violão, Nelson Alves, cavaquinho, Jacó Palmieri, pandeiro, José Alves de Lima, bandolim e ganzá, e Luiz Pinto da Silva, bandola e reco-reco. Após meses de sucesso no Rio, excursionaram pelo Brasil, apadrinhados pelo rico empresário Arnaldo Guinle. Três anos depois estavam em Paris. “Após o sucesso na Europa, a nossa música começou a ser aceita e começamos a receber convites para trabalhar”, relatou Pixinguinha. “Quando voltam da França, os Batutas trazem muita influência do jazz”, analisa Cezar.

Na Sala 6, O Disco e a Rádio, 1920-1973, menus com áudio tocam gravações originais de Carmen Miranda e Orlando Silva. Destaque para os arranjos que marcaram composições carnavalescas até hoje executadas da forma como foram gravadas: Taí, de Joubert de Carvalho, gravada por Carmen Miranda (1930), O Teu Cabelo Não Nega, de Lamartine Babo e Irmãos Valença, gravada por Castro Barbosa (1931), Linda Morena, Lamartine Babo, Mário Reis (1932), Linda Lourinha, Lamartine Babo, Silvio Caldas (1933), Pierrot Apaixonado, Noel Rosa, Gaúcho e Joel (1935), entre outras. “Muitas orquestrações de Pixinguinha ficaram quase como uma parceria oculta”, afirma Lu Araújo.

A curadora propõe-se a desatar alguns nós deixados pela história. Um deles é o papel do consumo do álcool na vida de Pixinguinha, supostamente responsável pela substituição da flauta pelo sax. “A maioria dos músicos amadores do fim do -século XIX para o XX tocava mais por diversão do que por profissionalismo. As rodas de música ocorriam em festas populares, aniversários, casamentos e batizados. Quem tocava não recebia cachê, mas não podia faltar comida e bebida. A fartura etílica era fundamental para o desempenho dos músicos e foi nesse ambiente que Pixinguinha nasceu. Sua vida artística atravessou seis décadas. Quando parou de tocar flauta, em 1942, já tinha 31 anos de profissão. A bebida pode ter criado dificuldades, mas acho injustiça que atribuam só a isso seus problemas profissionais.”
Tempo da delicadeza. Em sua casa, nos anos 1940, compondo ao lado da estatueta de Beethoven. Foto: Instituto Moreira Salles


Virgínia Bessa frisa que Pixinguinha começou a tocar sax na década de 1920. “Vinte anos depois, necessitando de dinheiro, ele aceita dividir a parceria de seus choros com Benedito Lacerda, em troca de sua gravação numa série de discos da RCA Victor. Neles, Benedito, flautista, fica com o posto de solista, cabendo a Pixinguinha tocar sax. Depois disso ele nunca mais voltou à flauta. Alguns afirmam que por causa da bebida ele perdera a embocadura. Outros, e me incluo entre eles, pensam que na verdade a troca do instrumento teve origem nos problemas financeiros de Pixinguinha.”

Chegado assumido numa “branquinha”, Pixinguinha contava com graça como compôs Briguei com Virgínia: “Um dia vi que estava demais e decidi parar. Quando cheguei no armazém, o dono abriu a garrafa e eu, cheio de tristeza, olhando pra ela, decidido a não tomá-la, pedi um papel. Foi a ocasião em que fiz aquele chorinho Briguei com Virgínia”. A dama do título era o nome da marca de cachaça. O “negrão filho de Ogum, bexiguento e fadista de profissão”, na descrição de Mário de Andrade do personagem inspirado em Pixinguinha no livro Macunaíma, o Herói sem Nenhum Caráter, passou a vida a explicar a origem do apelido. Na versão que consta do verbete sobre o artista na Enciclopédia Musical Brasileira, conforme cita Virgínia em seu livro, a alcunha dada pela avó, Pizindim, significaria “menino bom” num dialeto africano. Em depoimento a Sérgio Cabral concedido em 1977, as três irmãs do artista, Cristodolina, Hermengarda e Jandira, estranharam o fato. Nenhuma das -duas avós era africana. Ao Museu da Imagem e do Som, Pixinguinha contou que Almirante, compositor, cantor, radialista e ativo preservador da memória musical, revelou-lhe a origem de Pizindim. E a versão seguiu adiante. O motivo real, entretanto, foi a varíola. “O apelido surgiu depois que eu tive ‘bexiga’, numa epidemia. Então uns me chamavam de Bexinguinha, Bixinguinha, foi uma complicação de apelidos. Até hoje não sei por que fiquei como Pixinguinha.”

No auge da bossa nova, o compositor de Carinhoso, Gavião Calçudo, Um a Zero, Sofres Porque Queres e tantas outras uniu-se a Vinicius de Moraes. A parceria rendeu clássicos comoLamento, Mundo Melhor e Samba Fúnebre, ressalta Lu Araújo. De Pixinguinha, diria o poeta: “É o melhor ser humano que conheço. E olha que conheço gente que não é mole”. O neto, Marcelo Vianna, que canta, compõe e tem carreira em musicais, ressalta o lado amoroso do avô: “Era um ser iluminado que parecia viver num tempo da delicadeza”. Marcelo considera-se um sujeito de sorte. “Venho de uma linhagem construída no amor, no talento, na mistura de raças. Algo maior que os laços sanguíneos. Meu pai, Alfredo Vianna Neto, era branco e foi adotado por meu avô com 3 meses. Foi o escolhido. De onde vem a musicalidade que está em mim? Magia. Pixinguinha sabia tudo de magia.”

Política AntônioMartinense.

O Blogueiro que aqui vos fala, recebeu agora a pouco uma informação quente da politica Antônio-martinense. Segundo informações dos bastidores, hoje, o Prefeito Edmilson Fernandes de Amorim, estará reunido com uma importante família do município de Antônio Martins. Onde, será anunciado o apoio dessa família, ao gestor municipal, nas próximas eleições.

Tal mudança no panorama politico do município, tende dar mais força a candidatura à reeleição do atual Prefeito.

A qualquer momento divulgaremos maiores informações. Agora, resta esperar. 

‘O regime russo é fascista’

Putin foi acusado de manipular eleição presidencial
Durante 3 meses, a partir da fraude parlamentar no dia 4 de dezembro, todo o aparelho administrativo e burocrático, toda a artilharia pesada de redes de tevê, todo o dinheiro dos oligarcas russos – toda essa maquina de propaganda de Gebbels trabalhou 24 horas para colocar de novo no poder supremo a sua criatura – Vladimir Putin. Acabando a palhaçada com o “presidente interino” Dmitry Medvedev. Ele disse que deixaria seu cargo ao Putin e prometeu que iria trabalhar “como um escravo na galera”. O escravo, aliás, tem duas “galeras”, os luxuosos iates Оlimpia e Sirius, com valores de centenas de milhões de dólares. Um lhe foi presenteado por Roman Abramovitch, o magnata do petróleo, e o outra saiu do orçamento do Estado. Entre os países mais ou menos civilizados do mundo, somente na Rússia o poder não passa de uma pessoa para outra nas eleiçoes honestas. O poder é herdado, comprado, ou negociado. Em 24 de setembro, Medvedev concluiu negociações presidenciais e anunciou para todo o mundo que deixaria o cargo de presidente para Putin. Por sua vez, Medevedev preencheria a vaga de primeiro-ministro, segundo Putin. A “tandemocracia” russa foi uma desilusão completa para quem ainda achava que a Rússia também pode ter uma democracia verdadeira. Numa das piadas daqueles tempos, o vizinho idaga à vizinha: “Onde trabalha o seu filho?” E a vizinha: “Está em Moscou, trabalhando como presidente no escritorio de Putin”.

Na minha opinião, o Kremlin e a equipe putinista usou dois métodos para ganhar o jogo (nem quero dizer o “pleito”) presidencial. Primeiro, como sempre antes, foram utilizadas as tecnologias ditas “sujas”, ou melhor, brutais, e que nunca falharam ao longo dos últimos 20 anos de “democracia” na Rússia, a começar com Boris Yelltsin. Isso, vale exprimir, não diz respeito ao Mikhail Gorbatchev, eleito como primeiro e último presidente da União Soviética por votação com mãos erguidas, em 1989, pelo Congresso dos Deputados do Povo. As fraudes eleitorais começaram em 1992, tornaram-se cada vez mais sofisticados e mecanizadas com a ajuda do progresso tecnológico.

Quais os métodos “sujos” utilizados pelo Kremlin em 4 de março de 2012?

Primeiro método: fraudes eleitorais

1. Numerosas empresas declararam domingo de 4 de março feriado. Trouxeram até urnas de votação para o pessoal. As eleições ocorreram sob o permanente controle dos chefes, que orientavam os fucionários em quem votar.

2. Nas últimas horas do pleito, foram criadas seções eleitorais complementares. Nelas foi vetado o acesso de observadores não filiados ao partido no poder, Rússia Unida. Ninguém sabe como foi feita a contagem de votos nessas seções.

3. Houve votaçao “domiciliar”, bastante favorável a Putin. Representantes da comissão eleitoral levaram as chamadas “pastas de
Na maioria das vezes, as pessoas votaram em quem os integrantes da comissões eleitorais lhes indicavam, disse Vladimir Grigorenko, chefe da seçao eleitoral № 706, com sede na escola secundaria № 970 de Moscou. Foto: Slava Alekseyev
 votação” para casas de pessoas idosas, deficientes físicos e outras impossibilitadas de votar. Na maioria das vezes, essas pessoas votaram em quem os integrantes da comissões eleitorais lhes indicavam. Isso me confirmou o chefe da seçao eleitoral № 706, com sede na escola secundaria № 970 de Moscou, Vladimir Grigorenko. Ele disse que 90% desses infelizes preferem Putin porque quase não conhecem outros candidatos, e na tevê só aparece este personagem. Para eles, Putin já virou uma pessoa íntima, um parente que cuida da saúde e da vida deles. Para estas pessoas marginalizadas, perfê-lo sifnificaria romper o elo que as liga a uma “fabulosa” vida a reinar fora dos seus lares miseraveis. Segundo Grigorenko, de 6 milhoes de russos votam assim de suas casas, o que equivale ao rússo de votos que ganharam Vladimir Jirinovski e Serguei Mironov juntos.

4. A mais recente invenção da equipe de Putin chama-se “carrossel”. Ônibus traziam a Moscou de outras cidades “eleitores” pagos (uns 30 a 40 dolares), cada qual com um monte de cédulas de votação. Circulando por várias seçoes eleitorais, votavam num mesmo candidato – Putin.

Putin ganhou com cerca de 64% de votos. Na verdade ninguém sabe quantos ele ganhou, mas calcula-se que a fraude lhe garantiu uns 15 a 20% de votos adicionais, roubados principalmente de Gennadi Ziuganov (obteve um pouco mais de 17% de votos) do Partido Comunista. Por isso, Zyuganov não felicitou Putin pela vitória. E fez mais: chamou as eleições de desonestas, não transparentes e ilegítimas.

Segundo método: o medo

Não posso negar que o poder russo é astuto e competente no que se refere à sua sobrevivência e reprodução. Uma vez construída, por Putin, a vertical de poder, com a anulação de eleições de governadores regionais, a criação de um poderoso partido governante “domesticado” que transformou as outras organizações politicas em satélites dirigíveis e mais a opressão da oposição radical, o regime atual na Rússia tornou-se fascista, parecido com a Espanha de Franco e Portugal de Salazar.


Nessas condições, o medo e’ o melhor método para dirigir um povo dócil. Criou-se, assim, o medo de algum inimigo real ou inventado – para precisar de um salvador da pátria, um caudilho, um guia. Em 1992 e 1996, Yeltsin, para chegar ao poder, usou o medo do comunismo. A tevê intimidou o povo com cenas sangrentas de violência e homicídios praticados por comunistas. Naquela época, o anticomunismo deu certo, e os eleitores apostaram no salvador da pátria contra os “horrores” televisionados. A partir de 2000, o anticomunismo esgotou-se como método de medo. A troca de Yeltsin por Putin incluiu a explosão de edifícios em Moscou (os culpados foram, claro, os bandidos chechenos). A consequência foi uma guerra vitoriosa contra a Chechênia. Putin tornou-se o ídolo e salvador da Rússia.

O regime da Russia é suicida porque mata as suas proprias bases

Eis o mais interessante e paradoxal: que estratégia de medo usou o Kremlin nas ultimas eleições? O anticomunismo já não funciona porque a vasta maioria de cidadãos russos (como regra, vivem abaixo do nível de pobreza) está sonhando com a volta da União Soviética. Ao mesmo tempo, a Chechênia está sob controle. (A Chechênia está recebendo de Moscou billões de dólares de doação por ano, tem petróleo, tem suas próprias leis islâmicas diferentes das russas, etc. Quer dizer o Kremlin comprou o poder supremo da Chechênia).
Retorno de reformas como a Perestroika humilharia o país, diz Putin. Eleitora fica indecisa. Foto: Slava Alekseyev

Nessas circunstâncias, Putin teve de instilar novos medos: a volta da Perestroika e de reformas liberais. Às vésperas das eleições, o Kremlin disse ao povo que desta vez a Rússia (tal como a União Soviética) seria fragmentada e humilhada caso houvesse um retorno de reformas liberais dos anos 1990. O povo seria mais uma vez roubado e enganado por novos líderes liberais. O regime de Putin organizou uma série de grandiosos comícios e manifestações contra… o próprio regime, quer dizer, contra as fraudes nas eleições parlamentares de 4 de dezembro de 2011.

Os comícios, vale anotar, foram encabeçados precisamente por aqueles mesmo líderes liberais que o cidadão russo deveria ter medo no pleito presidencial. Até organizações patrióticas tiveram medo de retorno do liberalismo, da Perestroika, e votaram em massa no salvador, Putin. Vários ex-comunistas também sentiram-se intimidados com a volta dos anos 1990, e proclamaram Putin como o messias. A Igreja Ortodoxa russa, agora muito próxima do poder e do dinheiro do regime, conclamou seus fiéis a votar em Putin. Temiam perder suas riquezas acumuladas na época do salvador…


O medo de Perestroika e reformas liberais significa que a “serpente mordeu a sua cauda” e o círculo mágico fechou. Ou, como diziam os franceses, a “revolução devora os seus filhos”. Em outras palavras, daqui em diante o regime fascista do Kremlin vai entrar em agonia. Basta que os preços de petróleo fiquem abaixo de uns 60 dólares por barril para que na Rússia estoure uma “revolução de neve”. O conflito provocará mortes, e isso singificará a atual “estabilidade de cemitério.”

Por “estabilidade de cemitério entende-se o seguinte: a população russa sofre uma perda anua de em 1 milhão de habitantes por conta de homicídios. O quadro é caótica, como atestam outros números: 60% do povo vive abaixo do nível de pobreza; somos o primeiro lugar no mundo em viciados em heroína – morrem da overdose 70 mil jovens ao ano; a esperança média de vida dos homens é de 58 anos.

Creio que Putin teve uma vitória de Pirro e não conseguirá dirigirá o país durante o mandato de 6 anos. Ficará no poder de 2 a 3 anos.

Texto: Slava Alekseyev que é jornalista em Moscou

Dilma muda líderes, mas mantém articulação política centralizada.


As mudanças nas lideranças do Congresso promovidas pela presidente Dilma Rousseff visam uma renovação dos canais de diálogo do Executivo com o Congresso, mas as trocas também trazem novos riscos e não modificam o modelo centralizador da articulação política do governo, segundo fontes ouvidas pela Reuters.

A derrota no Senado com a rejeição da recondução do diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e um manifesto peemedebista crítico ao governo, apoiado por mais de 50 dos 78 deputados do partido, apressaram as mudanças que estavam sendo gestadas, segundo uma fonte do governo, que pediu anonimato.

A decisão de substituir os líderes de governo na Câmara e no Senado ocorreu menos de uma semana após a presidente sofrer uma derrota pessoal no Congresso e ver rejeitada pelos senadores a recondução de Bernardo Figueiredo, técnico de sua máxima confiança, à direção-geral da ANTT.

A derrota foi imposta por senadores aliados, que aproveitaram a votação secreta para enviar uma mensagem clara à presidente e demonstrar a insatisfação com a política do governo em relação aos aliados. A rejeição de Figueiredo no Senado deu à Dilma a certeza de que a articulação política precisava de ajustes. E rápido.

No cronograma inicial da presidente, segundo essa fonte do governo, encontrar uma solução política para os Ministérios do Trabalho e dos Transportes era mais urgente do que a troca de lideranças no Congresso.

Mas, com as votações do Código Florestal e Lei Geral da Copa pautadas na Câmara e o projeto que cria o Fundo Complementar dos Servidores Públicos (Funpresp), no Senado, Dilma avaliou que seria melhor proceder as trocas logo, antes que colhesse uma nova derrota.

No caso do Senado, a presidente conversou com os caciques peemedebistas e tentou costurar um acordo para substituir o senador Romero Jucá (RR) por Eduardo Braga (AM), que é um dos expoentes de uma corrente do partido que não vota sempre com o governo e resistia à liderança do senador Renan Calheiros (AL).

Segundo outra fonte do governo, que também falou sob condição de anonimato, a expectativa da presidente com essa escolha é atrair essa ala do PMDB no Senado e diluir uma parte do controle que Calheiros e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), têm sobre a Casa.

"Ela fez um movimento para alicerçar mais a base. No PMDB há correntes e temos que trabalhar para harmonizar essas correntes", disse o líder da legenda no Senado a jornalistas.

Antes de consumar a troca de Jucá por Braga, Dilma conversou com Temer, Sarney e Calheiros. A gota d'água para a saída de Jucá, segundo uma fonte do Palácio do Planalto, foi a retirada de pauta do projeto que tratava da equiparação salarial entre homens e mulheres no setor privado, que a presidente queria sancionar nesta terça durante sessão solene na Casa em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

Mas, na avaliação de uma fonte ligada ao PMDB, Calheiros sentiu certa desconfiança nos movimentos da presidente, já que ele acalenta o sonho de retornar à presidência do Senado e percebeu na decisão de Dilma uma tentativa de enfraquecer sua articulação.

Essa fonte avaliou ainda que Sarney também não aceitou bem a decisão da presidente, mas que não deve vocalizar discordâncias imediatamente e, provavelmente, escolherá outro momento para demonstrar o desgosto. "Vingança é um prato que se come frio", lembrou a fonte.

Como vacina, o governo já recrutou Jucá para ser o relator do Orçamento para evitar os rumores de que perdeu a confiança no experiente senador, que já foi líder do governo no Senado em mandatos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso.

CÂMARA

A substituição do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), apesar de acontecer no mesmo momento tem outros elementos que incentivaram a troca. Há tempos a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, mantinha uma relação apenas formal com o petista e por vezes buscou outros interlocutores na Casa para negociar matérias de interesse do governo.

A presidente chegou a ser informada do problema. Agora, aproveitando a precipitação da mudança no Senado e pesando o relacionamento difícil com a ministra, Dilma resolveu trocar o líder na Câmara também.

Para o lugar de Vaccarezza, Dilma escolheu o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que já presidiu a Câmara entre 2007 e 2008 e foi relator do Orçamento no ano passado.

A escolha de Chinaglia é considerada por alguns petistas como um sinal do Palácio do Planalto ao PMDB de que o acordo para a sucessão na presidência da Câmara ainda depende do comportamento do principal aliado.

Dilma considerou que Chinaglia tem bom trânsito na Casa e teria mais força do que Vaccarezza para se contrapor ao líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), quando necessário.

Além disso, Chinaglia foi o principal articulador do primeiro acordo entre PT e PMDB para partilhar o comando da Câmara durante o último mandato de Lula, o que colaborou para a aproximação de Temer e da presidente Dilma Rousseff.

PRESSÃO

A fonte ligada ao PMDB avalia também que a troca das lideranças do governo no Congresso aumenta a pressão sobre a ministra Ideli Salvatti por resultados. Agora, a ministra participou da montagem do time de articulação e não pode mais dizer que os líderes não são da sua confiança.

Essa fonte, porém, acredita que a ministra continuará tendo dificuldades para manejar os interesses do governo no Senado por conta do modelo de articulação montado pela presidente, que é muito fechado e centrado nas decisões do gabinete presidencial.

Dilma não aceita, por exemplo, que outros ministros colaborem na relação com o Congresso com medo de criar interferências que fiquem fora do seu controle.

"Fica tudo entre a ela, a Ideli e a Gleisi Hoffman, ministra-chefe da Casa Civil", afirmou a fonte.


(Com reportagem adicional de Ana Flor e Maria Carolina Marcello)
Fonte: Estadão ( http://www.estadao.com.br/noticias/geral,dilma-muda-lideres-mas-mantem-articulacao-politica-centralizada,847927,0.htm  )

terça-feira, 13 de março de 2012

O Cursinho LOGOS conta com uma equipe que têm resultados.



- EQUIPE LOGOS VESTIBULARES :

HISTÓRICO DE NOSSOS PROFESSORES.

Atualmente contamos com uma equipe de 10 (DEZ) professores [EXCLUSIVOS] atualizados e familiarizados com os estilos de provas dos vestibulares contemporâneos.

PORTUGUÊS E LITERATURA
- Yáscara Campos: Ex-acadêmica  do curso de  Letras – UERN, Graduada e Especialista em História do Nordeste - UERN.


- REDAÇÃO
- Rêmulo Jácome: Ex-Acadêmico do curso de Enfermagem – UERN (1º lugar) e aprovado em Agronomia – UFERSA.


- HISTÓRIA - GEOGRAFIA
- César Amorim: Acadêmico do curso de Direito – UERN e ex-aluno do curso de Geografia – UERN.
- Luan Alendes: Graduado em História – UERN.

- Higo Thayrone: Graduado e Especialista em Geografia – UFPB e Tutor (Geografia) – UFRN.

- Evaristo Filho: Acadêmico de Direito – UERN, Ex-aluno de agronomia – ESAM (UFERSA), Bacharel em Ciências Contábeis – UERN.


- BIOLOGIA-QUÍMICA-FÍSICA-MATEMÁTICA

- Jordão Mesquita: Acadêmico do curso de Biomedicina - UFRN e ex-aluno do curso de Química – UERN, aprovado em Farmácia UFRN.

- Rêmulo Jácome: Ex-acadêmico do curso de Enfermagem – UERN (1º lugar) e aprovado em Agronomia – UFERSA.

- Rômulo Jácome: Acadêmico do curso de Medicina-UERN, Ex-aluno do curso de Enfermagem – UERN- aprovado em Medicina Veterinária, Agronomia e Ecologia – UFERSA.

- Joelma Florêncio : Graduada em Matemática e Ciências das Matemática pela UERN  Graduanda em Física pela UFRN.  

 - Aparecida Paiva: Graduada em Matemática pela UERN.